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Dicionario de dicionarios do galego medieval

Corpus lexicográfico medieval da lingua galega


Está a procurar a palabra fazenda como lema no Dicionario de dicionarios do galego medieval.10 Rows
- Número de acepcións atopadas: 10.
- Distribución por dicionarios: CANTIGAS DE AMIGO (2), CANCIONEIRO DA AJUDA (1), CRÓNICA XERAL (1), CRÓNICA TROIANA (2), CANTIGAS DE SANTA MARÍA (1), CANTIGAS DE ESCARNHO (1), HISTORIA TROIANA (1), Nunes2 (1).

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J. J. Nunes (1928): Cantigas d' amigo dos trovadores galego-portugueses. Vol. III \(Glossário\). Coimbra: Imprensa da Universidade.
fazenda
f. s. f. XXXI, 9, XCI, 16, CIV, 20, CLX, 10, CIV, 20, CLX, 10, etc., o que respeita a uma pessoa, o que faz ou prática, seu estado, situação, etc.1, trager sa fazenda, CCCCXLVI, 8, proceder, portar-se. (Cantigas d' amigo).
____ 1. Cf. Berceo Milagros, 451 a: Assin fo mi facienda como yo vos predigo e 624 ab : ella que és de gracia plena e avondada guie nuestra fazienda, etc. Igual sentido tem êste vocábulo no antigo provençal.

Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1920): "Glossário do Cancioneiro da Ajuda", Revista Lusitana 23, pp. 1-95.
fazenda
(faciĕnda): negócio, feito, estado, situação: 444, 633, 1934, 3459, 3751, 3795, 4183, 4656, 5994, 6545, 8074, 8598, 9568. Freqüente também no Graal. Na Cantiga 347, nos versos 7751, 7758, 7765, 7772 parece significar propriedade, terra que um feitor faz.

R. Lorenzo (1977): La traducción gallega de la Crónica General y de la Crónica de Castilla. Vol. II (Glosario). Ourense: Instituto de Estudios Orensanos Padre Feijóo.
fazenda
'batalla, combate' 'estado (de una persona), situación, asunto, condición, intereses' , de una forma *FACĔNDA, en lugar de FACIĔNDA (REW 3129). Es muy corriente la acepción 'batalla, combate' , alternando con BATALLA o LIDE: fazenda 7.31, 8.42, 11.10 (c. 7) "ouverõ sua - ... conos mouros", 17.24, 25.14, 33.21, 98.45 "por çem lãças bõas sse vençe a - quando Deus quer", 114.95, 139.13, 164.11,17,21,25, 165.34,36,38,40,42, 197.44-45, 198.72, 219.19, 268.64, 291.61,67 "gram batalla cõ os mouros et aa ẽtrada da - ... aquella - ", 486.9, 541.28, 568.48, 569.20, 571.14, 572.25-26, 586.7, 587.27, 591.20,22, 592.28, 605.216, 639.3, 655.18, 658.56, 687.44,47, 751.4, 787.16, 801.46, 802.31, 804.105,106,116,120, 832.20, 863.2, ffazenda 17.25, 99.9, 901.27 (en 901.26,29 batalla ), fazẽda 164.27, 189.60, 230.24, 801.40, 832.18, 848.10 (c. 581), 854.12, fazendas 8.46, 163.5,9, 284.8, 307.22, 309.37, 326.31, 340.36 "com̃o todos sabiã que era uençedor das - " (en 340.27 lide, 33 batalla, 34 batallas ), 688.8, 691.3, 714.45, 885.6 "en - et en torneos". Es acepción que dura desde el XIII al XV: CSM 277.1 "en hũa fazenda que ouveron con mouros", 408.16 "e foi en hũa fazenda bõo ardid' e ligeyro"; Cr. 1344 "el rei dom Ramiro despois que livrada foy a fazenda ficou no campo" (II, 405); IV Livro de Linhagens "e veerom aa fazẽda em Guimarãaes. E disse a rrainha: comde, comvosco quero entrar na fazemda... a fazemda foy feita... nom fezeste siso que aa batalha fostes sem mym, mais tornadeuos come de cabo aa fazemda" (Crest. Arc. 32); III Livro de Linhagens "meus filhos que me escusauã nas fazẽdas... e mea nobre caualaria que eu auia prouada ẽ muytas fazẽdas" (id. 58). Viterbo Elucidário cita esta acepción en el XV. También es corriente como 'estado, situación, asunto, condición, intereses' : fazenda 27.8 "et pode trager sua - cõ siso", 78.16 "fazia todauja muy ben sua - ", 91.28 "guyara Deus tua - assi que tu vençeras todo o poder", 120.10 "et sabia bem trager sua - ", 167.8 "et soube y toda a - do conde", 168.46 "que uos eu diga mjña - ", 173.32 "nõ sabia nada da - de Yseem", 213.26 "et saber da sua - del", 231.25 "a hũu escudeyro cõ que fazia mal sua - ", 262.11 "ordinou sa - ante os bispos" (id. 349.21, 557.4, 658.1, 758.7), 288.12 "quando ouue de morrer cõtoullj sua - toda", 310.10 "sõo çerta que a sua - a de seer en mayor estado", 312.29 "como llj auẽo en sua - " (id. 312.2), 417.10, 533.8 (c. 365) "falou conos que o guardauã toda sua - " (id. 555.1), 586.4 "estaua guisãdo sua - ", 606.53 "senpre leuou sua - adeante", 609.12, 632.9 "eu irey guisar minha - para este casamento", 646.5-6 "começoullj a contar sua - ", 655.3 "começou a coydar en sua - ", 694.7 "outras cousas que llj dissera de sua - ", 703.38 "por guardar nossa onrra et nossa - ", 720.48 "foy om̃e de grã - ", 763.20 "que soubesse del rrey sua - com̃o llj ya", fazẽda 310.50 "loãdoo muyto et pagandosse de sua - ", 417.23 "sabades tanto de mjna - ", 537.3 "metiã sua - en sua mão" ('se metían en sus manos' ), 632.7 "que nõ tenho tã bem mina - com̃o... tenho", 653.38 "ouue de ueer toda sua - ", 656.39 "mjna - do meu corpo", 733.2 "enmendou sua - ". Son acepciones de toda la E.M.: CSM 7.37 "mui mal vossa fazenda / fezestes", 9.165 "foi aa dona contar ssa fazenda", 11.14 "trager / con mal recado / a ssa fazenda sabia", 355.63 "vos... dixe mia fazenda", etc.; Cr. Troyana "homes d' alto lugar et de gran fazenda" (I, 111.11), "disolle A. toda sua fazenda" (II, 106.4); Cr. 1344 "era sisudo assaz e sabia teer ben sua fazenda" (III, 16); Fragm. Tristán "maysla fazenda de dom Tr. era em outra guisa ca el dissera aa rreyna" (41); Gal. Estoria "et fezóó sabedor de sua fazenda" (55.33); Oficios "delleitandosse em aproveitar sua fazenda" (43.11), "dos feitos da fazenda ou das cousas da comunydade" (80.3); D. Eduarte Ensinança "hũa de desposiçom do corpo e outra da fazenda" (10.7); Aves "e en cuja fazenda travã e rroẽ" (p. 23.33); Imitação Cristo "porque muito embarga ao rreligioso o trauto e a fazenda dos fectos secullares" (p. 21.4); Nunes Contr. "corregeu sa fazenda e viveu muy sancta vida" (RL XXVII, 38-39); F. Lopes Cr. D. Pedro "que perteeciam aa ssua fazenda" (p. 103.19), "que entom tiinha gram fama de fazenda e honrra" (p. 115.17), etc., etc. De la acepción 'asuntos, negocios' se pasó a 'riquezas, bienes' y también 'ganado' , usual en gall. y N. de Portugal (véanse estas y otras acepciones modernas en Morais y Figueiredo, el gall. facenda en E. Rodríguez ). Cfr. Corominas DCELC II, 862.

K. M. Parker (1958): Vocabulario de la Crónica Troyana. Salamanca: Universidad.
fazenda
f. f. riqueza, clase social; wealth, social rank: estas torres eran dadas en garda a homes d' alto lugar et de gran fazenda, I 111.11.
fazenda
f. f. asunto, negocio; affair, business: disolle achiles toda sua fazenda et rrogoulle que fose cõ el, II 106.4, II 156.15, I 119.8, I 304.13. Graal. fazenda.

W. Mettmann (1972): Cantigas de Santa María de Afonso X, o Sábio. Vol. IV (Glossário). Coimbra: Universidade.
fazenda
s. f s. f.: factos, actos da vida, negócios, interesses: 7.37 mui mal vossa fazenda / fezestes; 9.165 foi aa dona contar ssa fazenda; 11.14 trager / con mal recado / a ssa fazenda sabia; 65.67 Pois sa fazenda toda ouv'oyda; 66.6 Quantos en Santa Maria / esperança an, ben se porrá sa fazenda; 67.91 Di-me toda ta fazenda; 245.22 fazia ben sa fazenda servindo Deus || trabalho: 120.6 sen ela Deus non averán / nenas sas fazendas ben farán; 246.16 foi aquest'obridar / Por fazendas de sa casa muitas que ouv'a fazer || combate: 129.1 (T), 277.1 Como Santa Maria guardou oito almograves en hũa fazenda que ouveron con mouros; 408.16.

M. Rodrigues Lapa (19702): Cantigas d'escarnho e de mal dizer dos cancioneiros medievais galego-portugueses. Vigo: Galaxia ["Vocabulário galego-português", pp. 1-111].
fazenda
= negócios, interesses: {Afonso X} adail, muit' ei gran razon / de sempr' en vós mia fazenda leixar 16.26; 108.6. || Propósitos, projectos: {Afonso X} por quanto eu sa fazenda [ben] sei 23.10; 26.23; 36.12; 251.34; 423.28.

K. M. Parker (1977): Vocabulario clasificado de los folios gallegos de la Historia Troyana. Illinois: Applied Literature Press.
fazenda
f. f. empresa, negocio; undertaking, business affair: deuera de aver tua carta et seer çerta do teu feyto et da tua fazenda, 33.19, 70.37, 371.14.

Nunes2
fazenda
XXXVIII, 3, etc., as minhas cousas, o meu estado, como estou; ben fazer... mha fazenda, CXC, 7 e 8, proceder ajuïzadamente. (Cantigas d' amor).




Seminario de Lingüística Informática - Grupo TALG / Instituto da Lingua Galega, 2006-2022
O Dicionario de dicionarios do galego medieval é obra de Ernesto González Seoane (coord.), María Álvarez de la Granja e Ana Isabel Boullón Agrelo
Procesamento informático e versión para web: Xavier Gómez Guinovart

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