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Dicionario de dicionarios do galego medieval

Corpus lexicográfico medieval da lingua galega


Está a procurar a palabra raçon como lema no Dicionario de dicionarios do galego medieval.3 Rows
- Número de acepcións atopadas: 3.
- Distribución por dicionarios: CANCIONEIRO DA AJUDA (1), CRÓNICA XERAL (1), CANTIGAS DE SANTA MARÍA (1).

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Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1920): "Glossário do Cancioneiro da Ajuda", Revista Lusitana 23, pp. 1-95.
raçon
(rătĭōne): ração ou porção certa de alimentos estipulada por contrato, ou apenas segundo a tradição; pitança: 10093 {Johan Garcia de Guilhade}. Acompanhei no texto a locução viven na raçon de um ponto de interrogação, por desconhecer mais exemplos comprovativos. Em todo o caso parece-me, pelo conteúdo da Cantiga de mal dizer nº 455, que Dordia Gil e Guiomar, que prenderam ordem e viviam na raçon como outras arlotas, emparelham com a galante soldadeira galega Maria Perez, de alcunha a Balteira, filha de D. Pedro João de Guimarães, à qual dediquei a Michaëlis Randglossen VII. Esta cedera no ano de 1257, por contrato, ao convento de Sobrado a herdade de Armea, recebendo em troca dinheiro, comedorias e vestiarias anuais, ficando obrigada a prestar serviço ao convento, como familiar e amiga. Infelizmente não se especifica de que género era êsse serviço... Uma cláusula do contrato estabelece que no Advento e na Quaresma ela recebesse de pescadas e sardinhas (talqual os frades de Carvalho-Torto), mas também de mel e legumes, como fôr guisada sua raçam. Isto é: as quantidades fixadas quer por costume, quer por um regulamento. Vid. A. Martinez Salazar, Una Gallega Celebre en el siglo XIII {Martínez Salazar Balteira}.

R. Lorenzo (1977): La traducción gallega de la Crónica General y de la Crónica de Castilla. Vol. II (Glosario). Ourense: Instituto de Estudios Orensanos Padre Feijóo.
razõ
razom
raçõ
razón
razam
raçon
' razón; palabras, discurso; causa, motivo, manera, modo; cosa justa, derecho; exposición, argumentación' , de RĂTĬO, -ŌNIS (REW 7086). Formas: razõ 5.23, 44.30 "quanto me fezestes en esta - ", 53.16, 55.8, 77.33 "della - desse Rroy D. contaremos adeante", 78.6, 79.31 "leyxamos aqui a ffallar desta - ", 81.7, 83.17 (c. 58), 91.19 "quando o conde ouve acabada esta - ", 94.37, 101.31,33, 102.53, 120.26 "leixoulle a filla por ende et cõ - ", 124.43, 127.40, 132.9 "que elle fora - et achaque por que el queera en aquella priiom", 136.26, 141.37, 146.25, 149.69,73, 153.17, 164.28, 183.25 "prouguelle muyto cõ esta - ", 186.98, 188.48 "et uos defendo que nõ digades mays en esta - ", 197.67, 202.84, 204.41, 209.55, 212.8 (c. 125), 226.17, 227.29, 228.11, 232.44, 246.56 "que por tal - llj dauã tal morte", 272.40 "podemos mouer - donde aiamos achaque por que o matemos", 279.46 "don A. o Boo cuia - contaremos adeante", 282.33, 288.6, 300.9, 303.7, 308.10, 309.14, 318.6, 334.3 (c. 195) "para auer acordo cõ elles en - do estado do rreyno", 342.9, 345.31, 346.1, 348.14, 351.13 "que se matarõ yrmanos sobre esta - ", 367.14, 380.14, 384.20,21 "nõ faz avijnca cõ seu yrmão en - desta villa", 392.23, 409.22,23 "por que auya - de quebrantar a outra que uos fezera... nõ auerey - de quebrantar esta", 412.1, 420.5, 429.7, 456.37, 471.15, 479.23, 484.24, 490.11, 491.11, 498.33, 505.20, 510.3, 573.7, 576.34, 577.40, 578.46, 617.1, 620.18,22,30, 622.8, 624.33, 625.1, 628.27, 629.51 "nũca uos mays atreuessedes a falar en tal - ", 646.1, 647.24,29,30,34, 654.19, 656.30, 657.6, 660.9, 661.6, 665.15 "teuo que dizia - ", 675.34, 682.21, 683.32,8, 691.18, 696.24, 697.10, 701.54, 702.23, 705.18, 757.29, 763.26 (c. 519), 804.100 "adeãte... u uẽer sua - ca he - dos que bẽ fazẽ de llo razoar", 810.141,146, 816.46, 820.6,10,13 (c. 552), 821.8,9 (c. 553),3 (c. 554) "conta a estoria o que a - della daqui adeante sigue", 826.11,14, 827.17, 828.30, 830.21, 879.3 (c. 617), 888.46, 891.32, 892.73, 896.23 "sermõ... qual aa maneyra et aa - da sua vida... perteẽçia", 897.49, 4.23 "por - que os asturãos daquellas A. tijnã cõ Nep." (también 5.12, 221.18, 226.8, 830.6), 277.2 "herdou o condado de C. por - de sua moller" (también 307.2, 415.18, 442.7, 501.10, 681.16, 683.10), 393.10 "en - de guardar lealdade" (también 397.1, 566.1, 575.26, 632.28, 645.88, 831.23, 839.20, 884.4), 129.96 "feycto tã mao et tã sem - ", 135.21 "demandaua cousa muy sem guisa et sem - " (también en 484.18, 485.35, 682.6, 886.4), rrazõ 43.18 "sobre - sse lle queredes dar as chaues", 80.12 (c. 56), 97.22, 131.16,22, 133.39, 149.67 "poys que el rey ouue acabada sua - rrespondeullj o conde", 183.21, 233.14 (c. 141), 242.30, 245.22, 246.45, 256.35, 259.43, 260.11,16, 264.8, 268.4,13, 278.25, 282.36 "enfamou a sua madre... en aquella - ", 288.5, 289.8, 303.7, 335.6, 342.11, 346.11, 441.18, 450.5, 451.14 (c. 294), 456.41, 463.49, 468.10, 476.2, 490.24, 496.25, 507.18, 531.20, 543.5 (c. 314), 546.13, 550.28, 556.7, 562.44, 567.28, 586.33, 588.10, 595.27, 597.7, 602.32, 616.29, 617.3,6, 618.33,35,39, 623.38, 708.27, 709.15, 720.41, 725.25,5, 727.17, 732.12, 788.41, 804.105 "aquel que auya - de fazer enmenda", 270-271 "seirõ a el en - de lidar", 27.14 y 557.4 "por - que", 718.8 "que llj fezera seu padre muy sen - " (también 339.5), 277.4 "erdou... por - de sua moller" (también 280.89, 451.13, 551.7, 608.31, 716.10, 718.24, 722.11), razom 401.33, 547.2, 677.4, 821.6 (c. 553), 826.8, rrazom 617.6 "que me enbarge mjña - ca eu nõ soo tam bem rrazoado nẽ sey mostrar mjna rrazõ com̃o o deuia", 618.42, rrazon 53.28, rraçõ 61.27, 74.32, 90.2, razões 26.48, 47.98, 51.35-36 "leyxamos aqui de fallar das - dos mouros", 77.24, 126.20, 141.22, 152.5 "asantousse cõ ela a auer suas - en hũu", 155.35, 160.21, 206.73, 226.10 (c. 137), 229.26, 299.64, 304.43, 547.1 "das - que o Çide ouue conos de Ualença", 629.55,1, 646.21, 652.4, 657.6, 817.87, 820.14 (c. 552), 821.1,5,13 (c. 553), 826.9, 827.3,6,10, 847.5 (c. 580), rrazões 87.20-21, 97.10, 237.13 "escusarõsellj cõ hũas - frias", 264.31, 546.13-14, 549.8, 550.30, 606.57,59, 675.45, 806.15 (c. 547), 821.4 (c. 553), razoes 57.66, 84.43 "assi como uos diremos adeante en seu lugar ena estoria das suas - ", 847.4(c. 580). En A1 hay otras formas: Raçon 27 n. 14, Rações 26 n. 48, Raçoens 46 n. 98, rrasõens 51 n. 36, rrazoẽens 77 n. 24, rrazõos 97 n. 10, Raçoos 153 n. 5, Raçõeens 160 n. 21, Razoẽens 206 n. 73. La forma razón es la gall. mod. (cfr. E. Rodríguez ) y port. hasta el XV: a. 1211 "ca ssem Razõ pareçe que aquel que he atormentado darlhi homem outro tormento" (Desc. Portug. I, 2); a. 1257 "assi por iuizo como por outra razõ... oydas as razoes" (Salazar 22.16, 19); a. 1258-1261 "enuyou... sobresta razõ sa carta... en tal razon que ueyades o priuilegio" (id. 31.11, 33.18); a. 1261 "et muytas razoes da una parte et da outra razoadas" (42.17), etc.; D. Eduarte Ensinança "segundo razom" (3.13); Oficios "toda enssinança que per razom ha de sseer recebida" (11.4). El port. mod. razão es normal desde el XVI (ejs. en Morais ). Cfr. razam: a. 1257 "assi como for guisado sua razam" (Salazar 26.13); Oficios "porque he possuydor de razam" (13.13); también raçon: Graal "ca bem sabia que nom era sem grã raçom" (II, 243), "de que o cometemos sem raçom" (II, 181); Gal. Estoria "diremos agora desta rraçõ" (5.22), "et fezoa Deus por estas rraçoens" (7.5), "falarõ ẽnas rrações destas cousas" (8.5). En port. pop. existe una variante rezão (más ant. rezom: D. Eduarte Ensinança 90.28; Oficios 126.7, etc. Cfr. Soliloquio 62.6 rezam ), que está en el XVI y aún la cita Machado en el XVII, otros ejs. en Morais. Para la palabra véase también C. Michaëlis Gloss. CA p. 77; Nunes Amor y Amigo s.v.; Mettmann Gloss. CSM 259; Lapa Escarnho s.v.; Machado DELP1 1856ab, DELP2 1955-1956). Para el cast. Pidal Cid p. 819-820.

W. Mettmann (1972): Cantigas de Santa María de Afonso X, o Sábio. Vol. IV (Glossário). Coimbra: Universidade.
raçon
s. f s. f.: ração: 31.58 por aver ssa raçon; 32.50 deu ao preste ssa raçon dobrada; 353.48 foi comer logo, e apartou da raçon / sua a mayor partida || pl.: 85.70 partiron mui de grado con el sas rações; 145.13, 305.23 atan muit'era pobre que pidia as rações.




Seminario de Lingüística Informática - Grupo TALG / Instituto da Lingua Galega, 2006-2022
O Dicionario de dicionarios do galego medieval é obra de Ernesto González Seoane (coord.), María Álvarez de la Granja e Ana Isabel Boullón Agrelo
Procesamento informático e versión para web: Xavier Gómez Guinovart

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