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Dicionario de dicionarios do galego medieval

Corpus lexicográfico medieval da lingua galega


Está a procurar a palabra maa como lema no Dicionario de dicionarios do galego medieval.16 Rows
- Número de acepcións atopadas: 14.
- Distribución por dicionarios: CANTIGAS DE AMIGO (1), CANCIONEIRO DA AJUDA (1), CRÓNICA XERAL (3), CRÓNICA TROIANA (1), CRONOLOXÍA (2), CANTIGAS DE SANTA MARÍA (1), CANTIGAS DE ESCARNHO (1), MIRAGRES DE SANTIAGO (4).

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J. J. Nunes (1928): Cantigas d' amigo dos trovadores galego-portugueses. Vol. III \(Glossário\). Coimbra: Imprensa da Universidade.
maa
mau
adx. forma fem. do adj. {adx.} mau, CXCV, 24. (Cantigas d' amigo).

Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1920): "Glossário do Cancioneiro da Ajuda", Revista Lusitana 23, pp. 1-95.
maa
adx. (mala): f. do adj. {adx.} mao (malu) 6933 {Lais} venha-lhe maa gaança.

R. Lorenzo (1977): La traducción gallega de la Crónica General y de la Crónica de Castilla. Vol. II (Glosario). Ourense: Instituto de Estudios Orensanos Padre Feijóo.
maa andança
mal andança
malandanza
'malandanza, mala fortuna, desgracia, desastre, contratiempo' , de maa + andança (véase BÕA ANDANÇA ). Formas: maa andança 73.6 "da - que ouvera contra os mouros", cfr. andança maa 469.10-11 "sabiã a - que conteçera", 482.25 "se Deus... nos deu esta - agora darnos a outra bõa quando for sua voentade", 487.7 "acordandosse da - ", 571.17 "cuydando cada dia ena - que lli acaeçera"; mal andãça 128.73 "reçeandosse da sua - " (ms. mal cordãça, falta en A1), 481.19 "a andãça bõa foy dos mouros et a nossa maa". Otros ejs. del XIV: Orto Esposo 119.13, 200.6, 201.27; Cr. 1344 "nõ quero ja mais sofrer maa andança" (II, 350), "avẽdo pesar da maa andança que ouvera cõ os mouros" (II, 473), "cuydando todos dias em sua maa andãça enfermou" (fol. 248bR); Graal "porque lhes aveem tantas maas andanças" (I, 96), "ca nom ha no mundo tam boõ a que aas vezes nom venha maa andança... esta maa andança nom lhe veo se nom por sa covardice" (II, 141), "uũ cavaleiro a que pesa da vossa maa andança" (II, 219); cfr. Vita Chr. "a ma andança aproveita mais os homens que a boa ventura" (parte II, cap. 6.º; según Fiúza Elucidário 474b). En el XIII se registra malandanza: CSM 9.104 "ca nos lo guardamos / de malfeitoria / e de malandança", 24.22 "poren morreu sen confisson / per sua malandança", 136.26 "hũa pedra por ssa malandança / lle lançou", 154.19 "vẽoll' en malandança", 255.4 "na malandança / noss' amparança / ... e Santa Maria"; Airas Nunez (469, 885bis) "quem tristur' ou malandança / quer non lhe de Deus al" (9). Malandança es la forma que aparece en los diccionarios ports. (Figueiredo la presenta por 1.ª vez y, según él, falta en los diccionarios anteriores). En gall. citan malandanza E. Rodríguez y Franco Grande. En cast. desde el XIII (Berceo Milagros 527).
maa uentura
. Véase UENTURA.
mao
maao
malo
maa
mallo
mao
maa
maa
maao
adj. adj. o sust. 'malo, mala' . Formas: mao (adj. ) 28.28, 75.10 (c. 52), 89.14, 93.28, 123.3 "dom Ordoño o - " (id. 124.30, 125.1,8,13,17), 129.96 "daqueste feycto tã - ", 134.5, 135.16,31, 136.20, 147.30, 148.36,45, 193.34,35, 225.4 (c. 135), 237.13, 252.37, 272.38 (en A1 se tiende a escribir maão ), 354.8 "meu padre - ponto uos partistes os rreynos", 360.6, 362.34, 365.16, 371.29 "et fezose - d' espertar", 344.9, 446.4,8 (c. 289), 6 (c. 290), 473.26, 523.16, 525.16, 526.3, 527.20, 564.41, 584.49, 586.37,3, 594.12, 600.6, 602.14,30, 606.42, 622.13,16, 623.22, 624.8, 626.9, 629.53, 643.42, 685.3, 703.14, 706.6, 712.25, 716.10, 717.20, 756.11, 763.26,28, 784.38, 799.21, 897.33, mao seu grado (véase GRADO ) en 196.24, 275.4, 345.18, 486.15, 511.20, 544.15, 628.26, 743.28, 750.37 y 831.35, cfr. 108.86 "se per - pecado formos vençudos", 480.12 "forõ uençudos - seu pecado" (véase MAL PECADO ), sust. en 3.15 "ao - " (A1 maão ). Otras formas: maao 621.53 "ca llis era muy - de conprir", 626.21 "ome tã - ", mallo 80.10 " Ordono el - ". En plur.: maos (adj. ) 62.15, 102.49, 107.66, 125.14, 188.24, 246.57, 358.5, 377.4, 462.6,11, 524.31, 560.15, 569.12, 594.6, 601.37, 624.32, 627.40, 702.34,37, 725.17, 880.15, sust. en 11.7 (c. 6), 79.2, 98.47 "a y bõos et - que nõ pode y al sseer et as vezes ansse de vẽzer os boos pollos - ", 520.19, 626.31, 680.23, 750.35. La forma malos en 743.33 "vnos vales - et fortes". El fem. maa en 6.27, 27.10, 99.16, 100.14, 101.21, 121.12, 129.107,110, 131.35, 136.24, 166.14, 189.64, 258.21, 265.9, 282.26,35,36, 383.12, 388.10 (c. 240), 454.15, 470.22, 481.19 "a andãça bõa foy dos mouros et a nossa - ", 531.12, 569.27, 585.19, 588.22, 595.8,12, 596.15, 597.6, 614.19, 617.15, 627.40, 628.32, 685.3, 705.20, 717.31, 755.31, cfr. 362.34 "et de - ventura" (id. 498.5, 586.35, 596.14), maas 135.10 "que uos nõ de - mortes a ambos", 188.26, 528.44 "en muy - pryiões", 622.12 "com̃o se fossem - molleres" (id. 624.8), 742.6 "cõnas - aguas". Véanse también los casos de la forma proclítica MAL. Las formas mao, maa se usan en toda la E. M.: CSM 9.101 "maos, non ponnades en ele as mãos", 65.58 "como saysse daquel mao estado", 6.49 "deu mui maa noite a sa madre", 325.16 "pouco pan e mui mao", etc.; F. Caldelas "maa paraula... todos maos foros que auiades" (Salazar 20.11, 21.5); a. 1282 "sen todo mao engano" (id. 87.23); Afonso X (72, 489) "leyxade maa uoz" (30); Johan Garcia de Guilhade (370, 786) "leixe os Deus maa morte prender" (24), etc.; Cr. Troyana "gente maa et sen rrecado" (I, 95.12), "começaron o torneo outra uez tan mao et tan espantoso que seria mao de contar" (I, 271.4); Gal. Estoria "por moytos maos lugares" (9.11), "et vẽeo a mao siso... quer bõas quer maas" (97.6,15); Oficios "nem demostrar que som maas" (85.19); Imitação Cristo "de maas cuidaçõoes" (p. 24.17); Soliloquio "he muy maa" (59.18); F. Lopes Cr. D. Pedro "ssom pregoeiros de maa e vergonhosa fama... por maa e desordenada maneira" (p. 153.9,18); Corónica Iria "et morreu maa morte" (p. 53), "o qual foy tan mao et peor que o primeiro" (p. 67), etc. Todavía en el XVI se emplean estas dos formas (cfr. Gloss. Sá Mir. ), adoptándose más tarde para el masc. mau y para el fem. . En gall. mod. se restituyeron las formas latinas malo, mala, que deben ser de uso general (ejs. en E. Rodríguez ). Claro está que literariamente se usan mao y , las formas que dan Cuveiro, Valladares, Carré (también mau ) y citadas por E. Rodríguez como secundarias (en el colmo del disparate Franco Grande cita 'mala, cosa mala' , mao 'malo' , mau 'malo' y mau, 'enfermo' ). En los ss. XIII-XV, por analogía con el fem. maa, se escribe también maao: Afonso X (70, 487) "e maao ponto uos tanto beuestes" (20); Martin Moxa (473, 889) "e ueio maaos sobr' eles poder" (6); Afonso Sanchez (366, 782) "muy maao rrecado" (4), etc.; Aves "o homẽ maao" (p. 21.19); Gal. Estoria "que seyrõ todos maaos" (32.22); Imitação Cristo "o maao custume" (p 21.19); Soliloquio "e levãtasse maao" (13.8); D. Eduarte Ensinança "he muito maao de leixar" (65.3); Oficios "este maao engano" (177.9); F. Lopes Cr. D. Pedro "do maao gasalhado que em P. achara... do maao acolhimento" (p. 271.5,8); Corónica Iria "o qual lle foy muy maao de acabar" (p. 84); a. 1434 "aynda esta maao" (Ferro2 p. 26). En cast. desde el s. X.

K. M. Parker (1958): Vocabulario de la Crónica Troyana. Salamanca: Universidad.
seer bõa estança
fazer bõa estança
seer maa estança
fazer mala estança
ser o hacer bien o mal; to be, or to do good or bad: seeria rretraudo para senpre por esta rrazõ. et por laa [sic] maa estança que fezera, II 250.29. assy fazen caualleyros que an entendemento et que queren gaañar prez en este mundo et esto lles he bõa estança con a gran coyta que ven ao home ou con gerra ou con proueza ou desonrramento, I 145.15. Sumas. 93.6. Jason fue muy marauillado por el rey caer en tan mal estança contra conpannas que le non fazian enojo nin auian voluntad de gelo fazer...

R. Lorenzo (1968): Sobre cronologia do vocabulário galego-português. Vigo: Galaxia.
{eera maa
earama
erama
eyarama
yrama}
.- ERAMÁ (1190b: 1505 eramaa; 1534 aramá): Fernão da Silveira "conhecê-uos eera maa" (Crest. Arc. 495); Gil Vicente "andar, muytieramá" (62b33), "guarde-te Deos, earamá" (104a30), "dá-me essa mão, eyaramá. / Tir-te, tir-te, eramá lá!" (303a18, 19); "corremos a yramá" (407a34), etc.
{malandança
maa andança}
.- MALANDANÇA (198a: no ex. cit. para andança !): CSM 9 "de malfeitoria / e de malandança" (104), 24 "per sua malandança" (22) (136.26, 154.19); Cr. Gal. "avendo grãde pessar da maa andança que ouvera" (21bV), etc.; Cr. 1344 "eu nõ quero ja mais sofrer maa andança" (II, 350.33), etc.

W. Mettmann (1972): Cantigas de Santa María de Afonso X, o Sábio. Vol. IV (Glossário). Coimbra: Universidade.
mao
maa
adx adj. {adx.} / s.: mau: 6.49 deu mui maa noite a sa madre; 10.12 maos sabores; 38.27 mui maas conpannas; 65.58 como saysse daquel mao estado; 75.166 lugar mao; 83.35 maos feitos || 9.101 Maos, non ponnades en ele as mãos; 19.23 Deus os trillou, o que os maos trilla; 42.75, 125.104 Maa, com'ousas aqui dormir tu || mao pecado v. pecado; maa ventura v. ventura. Cf. mal.

M. Rodrigues Lapa (19702): Cantigas d'escarnho e de mal dizer dos cancioneiros medievais galego-portugueses. Vigo: Galaxia ["Vocabulário galego-português", pp. 1-111].
maa
= : {Afonso X} Non quer' eu donzela fea, / velha de maa coor 7.22; 63.11; {Johan Fernandez d' Ardeleiro} sempre vaa / sa fazenda en ponto mao / e el muito en ora maa 200.32. V. mao.

M. C. Barreiro (1985): O léxico dos Miragres de Santiago. Memoria de licenciatura. Universidade de Santiago de Compostela.
mao
{maao}
{maa}
adx. .- adj. {adx.} 1.- " malo, cruel, despiadado, cobarde, falso". 6.6 "casou cõ hũu caualeiro, et era moy poderoso et moy mao home"; 50.6 "et Pilatus fui a ynsoa, et entẽdeu bẽ o por que o enviauã, et com̃o el era brabo et mao, asi a aquela jente maa [...] et por tormẽtos meteoa so seu poderio"; 57.2 "Et os demoes que son spiritus maaos et suçios, alegrãdose moyto cõ o corpo del, que era mao et suçio..."; 144.9 "Hii, que grã pesar que ey se te algũu mao caualeiro ou porfioso ou cobardo ouver!"; 146.9 "Ay que mao cõsello et que enganoso de Galarõ treeydor!"; 181.1 "et hu ospede mao cõ que pousaua tomoulle quanto tragia por bulrra". MAAOS, 57.1 "Et os demoes que son spiritus maaos et suçios". MAA, 50.6 "asi a aquela jente maa por ameaças et por promesas et por rrogos et por tormẽtos meteoa so seu poderio"; 91.6 "Et quando aquel que filla boa creẽça cõtra a maa, et sofrença cõtra a sana"; 111.6 "Et a tua lee que tu dizias que era boa, ora das a entẽder que he maa"; 143.10 "Por ti foy destroyda jente dos mouros, et moyta maa jente morta porfiosa"; 177.15 "ouve moy grã medo [...] por la noyte que era moyto escura et por la maa jente dos bazquos"; 233.6 "nẽ tu por la tua maa sospeita nõ no criiste ata que o viste que se che mostrou en carne et o lado". MAAS, 222.11 "et se o angeo mao acha en ela maas obras, pagase ende moyto". / MAA MORTE , 107.9 "senõ lida cõmigo et morreras tu maa morte"; 140.9 "et se o fezerẽ seerã presos [...] et aa çima seerã mortos de maa morte"; 182.7 "Et sabe que o teu ospede falso [...] mor[r]era maa morte"; 200.5 "ca sabe verdadeiramẽte que el he perdudo et çedo mor[r]era maa morte". / COUSA MAA , 55.9 "et nõ pode cõtra el dizer nĩhũa cousa maa". MAAS, 58.5 "dizẽ que apar[e]çẽ os demoes et fazẽ moytas cousas maas"; 86.10 "Et por lo juyzo de Deus, que sol viinr sobre los que fazẽ maas cousas"; 139.7 "porque nõ fezesen outros peccados et outras maas cousas por que perdesen as almas". / MAO CORAÇÕ , véase CORAÇÕ 2.
____ 2.- " malo, desagradable, molesto". MAO, 42.1 "Et tã mao era o cheiro dos que morriã"; 42.7 "que toda a terra era chea do mao odor deles"; 149.13 "et soen dizer algũus rromeus [...] que aquela pedra deita de si mao odor".
________ 3.- MAO DE , " difícil, costoso de". MAOS, 132.11 "Et se algũus juyzos de Deus ou dos homes forẽ maos de entẽder en algũa gisa..."; 135.10 "Mays os grãdes feictos que el fazia seeriã maos de contar a quantos se pagariã de oyr...". MAAS, 81.4 "maldiso estas trres çidades porque lle forõ maas de tomar".
________ 4.- ANGEO MAO , " ángel malo, demonio". 222.10,11 "Et sabede que aquela ora que a mĩa alma ouver a sayr do corpo [...], veen dous angeos, hũu boo et outro mao; et [se] o angeo boo acha en elas boas obras leuaa ao lugar dos santos; et se o angeo mao acha en ela maas obras pagase ende moyto et leuaa cõsigo aas penas".




Seminario de Lingüística Informática - Grupo TALG / Instituto da Lingua Galega, 2006-2022
O Dicionario de dicionarios do galego medieval é obra de Ernesto González Seoane (coord.), María Álvarez de la Granja e Ana Isabel Boullón Agrelo
Procesamento informático e versión para web: Xavier Gómez Guinovart

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