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Dicionario de dicionarios do galego medieval

Corpus lexicográfico medieval da lingua galega


Está a procurar a palabra mao como lema no Dicionario de dicionarios do galego medieval.37 Rows
- Número de acepcións atopadas: 36.
- Distribución por dicionarios: CANCIONEIRO DA AJUDA (2), CONCELLO DE NOIA (2), CRÓNICA XERAL (3), CRÓNICA TROIANA (6), CRONOLOXÍA (2), CANTIGAS DE SANTA MARÍA (1), CANTIGAS DE ESCARNHO (1), HISTORIA TROIANA (4), MIRAGRES DE SANTIAGO (4), Nunes2 (1), LIBRO DE NOTAS (10).

Se desexa realizar outra pescuda, pode calcar aquí.

Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1920): "Glossário do Cancioneiro da Ajuda", Revista Lusitana 23, pp. 1-95.
mao-dia
966. Cfr. grave dia.
mao
(malu). A par de mal-dia, mal-pecado, malpreço os antigos diziam também {Pai Soarez de Taveiros} mao dia 966; mao-pecado (246, 275, 2003, 2070, 7753, 7824); {Fernan Garcia Esgaravunha} mao preço 9276 ( dar mao preço infamar, caluniar) e {Fernan Garcia Esgaravunha} mao-prez 9279 (aver mao-prez ter má fama). Na Cant. 411 há nos versos citados um curioso refram em que entraram ambas as fórmulas: {Fernan Garcia Esgaravunha} Que el (sc. Deus) lhi leixe mao-prez aver a quen mal-preço vus quer apõer, i. é à mizcradora que soube indispor o poeta contra a sua amada. Nos Livros de Linhagens aparece mais de uma dona de algo, matada por mao-preço que havia. Vid. PMH Script. p. 161: Mor Gonçalves; 162 Tareja Mendes; 164 Estevainha Pires. A respeito da confusão entre mau e mal veja-se Archiv für Neuere Sprachen, Vol. CIII, p. 213; Leite Dialect. alemtej. (Rev. Lus. IV 67), e Leite Dialect. Interamnenses, ib. IX 24.

M. C. Barreiro (1995): A documentación notarial do concello de Noia (ss. XIV-XVI). Tese de doutoramento. Universidade de Santiago de Compostela [Glosario, pp. 155-456].
mao
maao
adx. adx. 'malo'. 1.- Sen mao engano 'sen engano, sen falsidade, sen fraude'. Mao, "deue seer conprido et agardado ontre nós partes segundo dito he a boa fe et sem mao engano et so pena de dous mjll morauidís" 10.121 (1390); "conprido et agardado a bõa fe et sem mao engano ontre nós partes" 11.35 (1390); "todo esto deue de seer conprido et agardado ontre nós partes aa bõa fe et sem mao engano et so pena de quinentos morauidís" 19.38 (1398); "a boa fe et sen mao engano" 25.50 (1409). Maao, "E esto se seue de teer et conprjr et agardar ontre nós partes aabofé, sen maao engano et so pena de quatrosentos morauidís" 31.78 (1417); "prometemos et outorgamos de (...) nõ vijnr nẽ pasar contra elo (...) en nehũa maneira, a booa fe et sen maao engano et so pena de tres mjll morauidís" 36.57 (1425); 67.40 (1499).
____ 2.- Juíso mao, 'oposición xudicial contra a posesión da propiedade'. Juíso, "todo morauidí et chaçomyna et juíso mao que bẽer perlla terra, o que poderdes espedyr, deue de seer espedido et nõ nosllo deuedes demãdar" 11.27 (1390).

R. Lorenzo (1977): La traducción gallega de la Crónica General y de la Crónica de Castilla. Vol. II (Glosario). Ourense: Instituto de Estudios Orensanos Padre Feijóo.
mal pecado
mao pecado
sust. 'infelizmente, desgraciadamente, desdichadamente' , de mal y pecado. Dos veces: 357.9 "pero - eu fuy o primeyro", 759.16 "et - finou entõ o mellor rey". Cfr. mao pecado en 108.86 "se per - formos vençudos", 480.12 "forõ uençudos mao seu pecado". Desde el XIII: CSM 237.66 "e non ei, mal pecado, ja temp' en que os chorasse", 311.38 "e, mal peccad', assi é"; D. Denis (B 1541) "o que seu, mal pecado, / foy" (13); Johan Vasquiz de Talaveira (374, 790) "e, amiga, quen alguen sab' amar / mal pecado, senpr' end' á o pesar" (20); Pedr' Amigo de Sevilha (1125, 1593) "mais a mjm uaym' oy peor, mal pecado, / con Sancha Diaz" (4), id. (1126, 1594) "eu non lhy dou rem / nen poss' auer que lhy de, mal pecado" (7); Martin Soarez "e, mal pecado, nom moir' eu porem" (Nunes Florilégio 5); Alfonso Alvarez de Villasandino "mas agora, mal pecado, / vejo outro mudamento" (Textos Port. Med. 180.19). Viterbo Elucidário cita un ej. de Orden. Afonso V "e porque, mal pecado, os homeens mais sooem de recear a pena temporal que a sanha de Deos" (V, tít. 31, § 4). También mao pecado: Pero Mafaldo (B 1513) "e uos cuydades que ey de uos ben / que eu non ey de uos, mao pecado" (4); Afonso Sanchez (17, 406) "ca, mao pecado / senpr' eu ouue por amar desamor" (10); Gil Sanchez (B 48) "en tal ora nado / foy que, mao pecado, / amoa endoado" (10, 22), etc. La expresión mal pecado se usa todavía en port. pop. y regionalmente (véase Morais y Leite T. Arc. 132). En gall. se llegó a la deformación malpocado (sust. ) 'cuitado, desdichado, infeliz, apocado, pusilánime' , como interj. '¡pobrecito! ¡infeliz!' . A veces se usa el dim. malpocadiño (Véase E. Rodríguez y Valladares ).
mão
mãao
mao
maão
plur. 'mano' , del lat. MĂNUS (REW 5339). Formas: mão 7.12,21, 35.18, 44.33,49, 45.64, 97.12, 103.78, 110.56, 126.10, 133.34 "que me façades preyto et menagẽ en mjña - ", 135.10 "nẽ uos podedes escapar da - del rey", 135.37, 136.11,15, 137.41,50,51, 149.59, 151.29, 154.29, 169.66, 173.25 "meteu todalas cousas que y erã en sua - ", 177.44, 178.66,79, 180.14,23, 201.71, 205.52, 252.26, 271.33, 276.34, 314.16, 319.21, 326.35, 334.7,8 (c. 196), 343.23, 355.31, 367.11, 372.14,15, 381.39, 383.15, 384.28, 385.22,25, 386.16, 387.28, 389.35, 399.12, 400.21,23,9, 402.10 (c. 250),1,2,6 (c. 251), 403.5,12, 406.11, 414.15, 426.11, 429.16, 432.30, 452.3, 491.18 "ficou o castelo en teẽça por - del rrey de Denja", 539.4, 540.16, 541.16, 553.6, 565.19, 578.67, 579.72, 584.39, 605,12, 612.28, 619.64,65, 623.40, 625.48, 630.14,24, 639.9, 645.89, 657.12, 658.51, 661.21, 662.18,19, 663.7, 672.23, 706.30 "armou bẽ duzentos caualeyros cõ sua - ", 713.4, 724.7, 727.24,34, 746.18, 750.34, 758.6 "rreçebeu o corpo de Deus de - do arçebispo" (id. 894.31), 780.36, 801.40,14, 807.56, 840.2,7, 881.6 (c. 622) "a jda desenbargada ouuerõ a tornada nõ foy tã en sua - depoys", 894.45, 895.10, cfr. 134.54 "aa - destra", 597.16 "leixarõ a uila a - destra", 291.62 "ẽna - destra" (id. 671.14), 399.19 "cõ sua - destra", 667.6 "poer a - dereyta do altar" (id. 809.118), 668.19 "ena - dereyta", 672.25,32 "a - dereyta", 673.61 "aa - dereyta", 291.64 " - seestra" (id. 668.18, 671.13), 34.15 "meterõ - aas espadas" (id. 214.58, 339.4, 401.22, 427.36, 638.11, 639.5, etc. 'desenvainar' ), 273.55 "pois que elles ouuerõ matado o jnfante meterõ - pellos outros" ('atacar' ), 336.34 "os bispos meterõ - per si a cauar", 339.18 "o Çide meteu - a queymar" ('ponerse a' ), 286.27 "et deullis de - por grande auer que llj derõ" ('soltar' ), 85.15 "metelo en - daquelles jnfantes" (id. 183.23, 537.3), 397.5 "que deytase - da vara", 421.11 "que o teñã de nosa - " (id. 490.17), 538.14 (c. 368) "que o posesem en - do alfaqui", 552.24 "ele que posese de sua - quen o ajudasse", 578.67 "que mi dedes per mjna - a quen as de de uossa - et que llas de(m) de uossas mãos", 579.71,72 "que as tomedes de - do Çide... et que as teñades de mjña - ", 692.6 "que tomasse aquela terra de - del rey" (id. 250.12), 731.8 "cõnos conçellos que pode auer mays a - ", 776.18 "por que llj nõ ousaua tornar - " (id. 777.6), 832.7 (c. 564) "poer ueeo... per - de dõ Johan", 874.8 (c. 613) "contra os que... mays a - vijã", 843.17 "esses que el aa - pode auer". Forma mao en 37.62, 42.78, 272.17,21, 569.13 "a çiada a - dereita", 615.22 "meteu - aa espada". Forma mãao 631.18, maão 639.5 "meterõ - aas espadas", 669.22 "aa - dereyta". Para el plur.: mãos 84.28, 166.3,7, 167.23, 168.48, 198.85 "prenderõnos aas - ", 199.95 "tomarõnos aas - " (id. 495.12, 496.19), 205.46, 273.66, 312.23, 314.18, 324.19, 325.15, 326.44, 356.5, 360.16, 374.6 (c. 230), 398.9, 400.16, 401.28, 402.4 (c. 251), 403.5, 404.15, 409.25, 417.8, 426.19,24, 433.21, 434.31, 456.40, 469.2, 528.57, 541.16, 547.37, 552.26, 558.12, 560.37, 571.13, 572.19, 573.15, 574.27, 575.23, 577.23, 578.58,68, 579.79, 580.2 (c. 399), 581.8,10, 596.22, 600.4, 602.25, 603.34, 605.24, 607.69, 616.30, 618.47, 619.58, 621.48, 636.43, 641.21,28, 644.49, 645.87, 649.16, 667.13, 675.55, 683.33, 684.15, 704.34 "fazendo muyto bem per suas - " (id. 803.62), 764.3 "auia sabor el rrey de s' ir de suas - ", 760.16, 774.32, 823.15, 824.46 "morrer... a - destes mouros", 856.13 "foylle sayndo d' ontre as - ", 865.7 (c. 601) "liurar... de - de seus eemjgos", 893.20, 894.27, 895.11,20, 896.25, 28.43 "sse meter en suas - " (id. 49.50, 544.14 c. 374, 578.62), 614.15 "eu uos meterey hi as - " (id. 624.18, 628.40 'pelear, golpear' ). La forma maos en 7.10 "et enparase de - dos enemjgos da fe", 273.66 "deitarõ as - en el", 276.31,35, 317.17 "este preito pelas - o deuemos a liurar ca nõ per parauoas uãas", 437.23, 498.8 "que se queria meter enas - do Çide" 539.3, 545.5 "beyiauanlhi as - " (id. 559.7,12, 572.22, 643.26, etc.). Es muy corriente en el ms. esta expresión, o también beyiar a mão, para indicar el reconocimiento de vasallaje ), 560.21,25, 564.27, 576.12, 581.7,15, 600.10, 624.9 "que uos metã a elo as - ", 655.7, 665.30, 666.43, mãaos 782.39 "querianos prender aas - ". Se documenta desde el XIII: F. Caldelas "cum mias mãos" (Salazar 21.7); CSM 13.17 "e foi-ll' as mãos parar" (Mettmann Gloss. CSM 186), etc.; Cr. Troyana "auja as mãos et os braços moy ben feytos" (I, 157.12); Fragm. Tristán "que em seu fillo nõ meteria mão" (p. 46); Miragres "meteu mão a espada" (p. 119), etc. Del XIII al XV la grafía maão: Afonso X (B 466) "hu quer que maão metestes" (51); Fernand' Esquio (902, 1298) "seu arco na maão" (8), cfr. "seu arco na mano" (11); a. 1306 "huũ stromento fecto per maão de Siluestre Martĩjz" (Portel p. LXXIII); Miragres "forã por ende mortos a maãos dos ymigos" (p. 115); D. Eduarte Ensinança "de mynha maão" (3.2), "poer as maãos" (21.9); Imitação Cristo "sob a mãao de Deus" (p. 26.60); Soliloquio "Senhor Deus, a tua maão ẽ todo poderosa... nẽhũa outra maão... a tua maão... a tua maão" (21.6,10,15,26); F. Lopes Cr. D. Pedro "este escrevia per sua maão as pitiçoões... este escripto ficava na maão do desembargador" (p. 104.20,22), etc. Otras grafías: a. 1260 "minas mayos propias" (Salazar 30.4); a. 1282 "e por maao do notario" (id. 81.6); a. 1364 "per maao de... assjnados per suas maaos... per maão de" (Machado Voc. XIV 233, 234); a. 1432 "sobre hun signal de crus en que poseron suas maaos" (Ferro2 p. 13); a. 1434 "hua ferida que tiña ena maao" (id. 22), id. "poso a maao dereyta en hua signal de crus que con sua maao dereyta tangeu" (id. 27); a. 1296 "per mina mao" (Sponer 127.15); Corónica Iria "lançou mao da pelle... huun pedaço dela enas maaos" (CBR mans ) (p. 58). La grafía port. general desde el XVI es mão (véase Morais ). En gall. la más corriente es man, existiendo como regionalismo mao o mau (véase E. Rodríguez s.v. man ). En cast. desde el X (cfr. Corominas DCELC III, 235-236; Pidal Cid 743-745).
mao
maao
malo
maa
mallo
mao
maa
maa
maao
adj. adj. o sust. 'malo, mala' . Formas: mao (adj. ) 28.28, 75.10 (c. 52), 89.14, 93.28, 123.3 "dom Ordoño o - " (id. 124.30, 125.1,8,13,17), 129.96 "daqueste feycto tã - ", 134.5, 135.16,31, 136.20, 147.30, 148.36,45, 193.34,35, 225.4 (c. 135), 237.13, 252.37, 272.38 (en A1 se tiende a escribir maão ), 354.8 "meu padre - ponto uos partistes os rreynos", 360.6, 362.34, 365.16, 371.29 "et fezose - d' espertar", 344.9, 446.4,8 (c. 289), 6 (c. 290), 473.26, 523.16, 525.16, 526.3, 527.20, 564.41, 584.49, 586.37,3, 594.12, 600.6, 602.14,30, 606.42, 622.13,16, 623.22, 624.8, 626.9, 629.53, 643.42, 685.3, 703.14, 706.6, 712.25, 716.10, 717.20, 756.11, 763.26,28, 784.38, 799.21, 897.33, mao seu grado (véase GRADO ) en 196.24, 275.4, 345.18, 486.15, 511.20, 544.15, 628.26, 743.28, 750.37 y 831.35, cfr. 108.86 "se per - pecado formos vençudos", 480.12 "forõ uençudos - seu pecado" (véase MAL PECADO ), sust. en 3.15 "ao - " (A1 maão ). Otras formas: maao 621.53 "ca llis era muy - de conprir", 626.21 "ome tã - ", mallo 80.10 " Ordono el - ". En plur.: maos (adj. ) 62.15, 102.49, 107.66, 125.14, 188.24, 246.57, 358.5, 377.4, 462.6,11, 524.31, 560.15, 569.12, 594.6, 601.37, 624.32, 627.40, 702.34,37, 725.17, 880.15, sust. en 11.7 (c. 6), 79.2, 98.47 "a y bõos et - que nõ pode y al sseer et as vezes ansse de vẽzer os boos pollos - ", 520.19, 626.31, 680.23, 750.35. La forma malos en 743.33 "vnos vales - et fortes". El fem. maa en 6.27, 27.10, 99.16, 100.14, 101.21, 121.12, 129.107,110, 131.35, 136.24, 166.14, 189.64, 258.21, 265.9, 282.26,35,36, 383.12, 388.10 (c. 240), 454.15, 470.22, 481.19 "a andãça bõa foy dos mouros et a nossa - ", 531.12, 569.27, 585.19, 588.22, 595.8,12, 596.15, 597.6, 614.19, 617.15, 627.40, 628.32, 685.3, 705.20, 717.31, 755.31, cfr. 362.34 "et de - ventura" (id. 498.5, 586.35, 596.14), maas 135.10 "que uos nõ de - mortes a ambos", 188.26, 528.44 "en muy - pryiões", 622.12 "com̃o se fossem - molleres" (id. 624.8), 742.6 "cõnas - aguas". Véanse también los casos de la forma proclítica MAL. Las formas mao, maa se usan en toda la E. M.: CSM 9.101 "maos, non ponnades en ele as mãos", 65.58 "como saysse daquel mao estado", 6.49 "deu mui maa noite a sa madre", 325.16 "pouco pan e mui mao", etc.; F. Caldelas "maa paraula... todos maos foros que auiades" (Salazar 20.11, 21.5); a. 1282 "sen todo mao engano" (id. 87.23); Afonso X (72, 489) "leyxade maa uoz" (30); Johan Garcia de Guilhade (370, 786) "leixe os Deus maa morte prender" (24), etc.; Cr. Troyana "gente maa et sen rrecado" (I, 95.12), "começaron o torneo outra uez tan mao et tan espantoso que seria mao de contar" (I, 271.4); Gal. Estoria "por moytos maos lugares" (9.11), "et vẽeo a mao siso... quer bõas quer maas" (97.6,15); Oficios "nem demostrar que som maas" (85.19); Imitação Cristo "de maas cuidaçõoes" (p. 24.17); Soliloquio "he muy maa" (59.18); F. Lopes Cr. D. Pedro "ssom pregoeiros de maa e vergonhosa fama... por maa e desordenada maneira" (p. 153.9,18); Corónica Iria "et morreu maa morte" (p. 53), "o qual foy tan mao et peor que o primeiro" (p. 67), etc. Todavía en el XVI se emplean estas dos formas (cfr. Gloss. Sá Mir. ), adoptándose más tarde para el masc. mau y para el fem. . En gall. mod. se restituyeron las formas latinas malo, mala, que deben ser de uso general (ejs. en E. Rodríguez ). Claro está que literariamente se usan mao y , las formas que dan Cuveiro, Valladares, Carré (también mau ) y citadas por E. Rodríguez como secundarias (en el colmo del disparate Franco Grande cita 'mala, cosa mala' , mao 'malo' , mau 'malo' y mau, 'enfermo' ). En los ss. XIII-XV, por analogía con el fem. maa, se escribe también maao: Afonso X (70, 487) "e maao ponto uos tanto beuestes" (20); Martin Moxa (473, 889) "e ueio maaos sobr' eles poder" (6); Afonso Sanchez (366, 782) "muy maao rrecado" (4), etc.; Aves "o homẽ maao" (p. 21.19); Gal. Estoria "que seyrõ todos maaos" (32.22); Imitação Cristo "o maao custume" (p 21.19); Soliloquio "e levãtasse maao" (13.8); D. Eduarte Ensinança "he muito maao de leixar" (65.3); Oficios "este maao engano" (177.9); F. Lopes Cr. D. Pedro "do maao gasalhado que em P. achara... do maao acolhimento" (p. 271.5,8); Corónica Iria "o qual lle foy muy maao de acabar" (p. 84); a. 1434 "aynda esta maao" (Ferro2 p. 26). En cast. desde el s. X.

K. M. Parker (1958): Vocabulario de la Crónica Troyana. Salamanca: Universidad.
mao rrecado
m. m. mal juicio; bad judgment: eu quero que ande seguro qual quer que a mỉa corte veer quer seia neyçeo ou de mao rrecado, I 177.4, I 118.24, I 316.30.
mao seu grado
mal seu grado
a pesar suyo, contra su voluntad; in spite of, against one's will: os acoytaron de tal gisa que os deytaron mao seu grado do canpo, I 98.22, I 126.25, I 266.12 (mal seu grado). Graal. grado, graado.
mao
adx. adj. {adx.} malo; bad, evil: non nos teña por gente maa et sen rrecado, I 95.12.
mao falido
adx. adj. {adx.} mentiroso, falso; deceitful, false: auol mao falido et rretraudo. en que te atreues, II 44.8.
mao ponto
momento malo: en mao ponto entraron en greçia, I 131.10.
mao
adx. adj. {adx.} malo, difícil; hard, difficult: começaron o torneo outra uez. tan mao et tan espantoso que seria mao de contar, I 271.4, I 105.14.

R. Lorenzo (1968): Sobre cronologia do vocabulário galego-português. Vigo: Galaxia.
{mayo
maio
mao}
.- MAIO (1393b: 1267): 1261 "in die sci. Michaelis de Mayo" (Ferreiro V, 97); 1265 "iij dias andados de maio" (Sponer 130.12); 1266 "ino mes de mao" (Ferro 26.5).
{mal pecado
mal peccado
mao pecado}
.- *MAL-PECADO: CSM 237 "non ei, mal pecado, ja temp' en que os chorasse" (66); 311 "e mal peccado' assi é" (38), etc.; Pero Mafaldo (B 1513) "que eu nõ ey de uos, mao pecado" (4); D. Afonso Sanchez (17, 406) "ca, mao pecado, / ssenpr' eu ouue por amar desamor" (10).

W. Mettmann (1972): Cantigas de Santa María de Afonso X, o Sábio. Vol. IV (Glossário). Coimbra: Universidade.
mao
maa
adx adj. {adx.} / s.: mau: 6.49 deu mui maa noite a sa madre; 10.12 maos sabores; 38.27 mui maas conpannas; 65.58 como saysse daquel mao estado; 75.166 lugar mao; 83.35 maos feitos || 9.101 Maos, non ponnades en ele as mãos; 19.23 Deus os trillou, o que os maos trilla; 42.75, 125.104 Maa, com'ousas aqui dormir tu || mao pecado v. pecado; maa ventura v. ventura. Cf. mal.

M. Rodrigues Lapa (19702): Cantigas d'escarnho e de mal dizer dos cancioneiros medievais galego-portugueses. Vigo: Galaxia ["Vocabulário galego-português", pp. 1-111].
mao
= de mau aspecto: {Afonso X} Vi un coteife mao, valadi, / con seu porponto 9.6. || Em ligação com ponto, dia exprime a ideia de infelicidade, azar: {Afonso X} en mao ponto 17.20; {Johan Fernandez d' Ardeleiro} en ponto mao 200.31; {Lopo Liaz} en mao dia 260.1. V. maa.

K. M. Parker (1977): Vocabulario clasificado de los folios gallegos de la Historia Troyana. Illinois: Applied Literature Press.
mao seu grado
expr. a su pesar, contra la voluntad; to one's sorrow, against one's will: os deytarõ mao seu grado fora do cãpo, 72.32, 141.11, 189.6.
mao
adx. adj. {adx.} malo; bad, evil: o vaamos ferir... em tal gisa que nos nõ teña por gente vil et maa et sem rrecado, 70.15, 76.1 (maao), 133.5 (maao).
mao
adx. adj. {adx.} malo; bad, evil: nõ lle conpria a ella as maas cousas que lles buscaua et fazia, 15.31, 29.39. 95.14.
mao
adx. adj. {adx.} difícil; difficult: tomarõ tã grãdes cãpos que mao seeria de contar, 128.32, 149.17.

M. C. Barreiro (1985): O léxico dos Miragres de Santiago. Memoria de licenciatura. Universidade de Santiago de Compostela.
mao
{maao}
{maa}
adx. .- adj. {adx.} 1.- " malo, cruel, despiadado, cobarde, falso". 6.6 "casou cõ hũu caualeiro, et era moy poderoso et moy mao home"; 50.6 "et Pilatus fui a ynsoa, et entẽdeu bẽ o por que o enviauã, et com̃o el era brabo et mao, asi a aquela jente maa [...] et por tormẽtos meteoa so seu poderio"; 57.2 "Et os demoes que son spiritus maaos et suçios, alegrãdose moyto cõ o corpo del, que era mao et suçio..."; 144.9 "Hii, que grã pesar que ey se te algũu mao caualeiro ou porfioso ou cobardo ouver!"; 146.9 "Ay que mao cõsello et que enganoso de Galarõ treeydor!"; 181.1 "et hu ospede mao cõ que pousaua tomoulle quanto tragia por bulrra". MAAOS, 57.1 "Et os demoes que son spiritus maaos et suçios". MAA, 50.6 "asi a aquela jente maa por ameaças et por promesas et por rrogos et por tormẽtos meteoa so seu poderio"; 91.6 "Et quando aquel que filla boa creẽça cõtra a maa, et sofrença cõtra a sana"; 111.6 "Et a tua lee que tu dizias que era boa, ora das a entẽder que he maa"; 143.10 "Por ti foy destroyda jente dos mouros, et moyta maa jente morta porfiosa"; 177.15 "ouve moy grã medo [...] por la noyte que era moyto escura et por la maa jente dos bazquos"; 233.6 "nẽ tu por la tua maa sospeita nõ no criiste ata que o viste que se che mostrou en carne et o lado". MAAS, 222.11 "et se o angeo mao acha en ela maas obras, pagase ende moyto". / MAA MORTE , 107.9 "senõ lida cõmigo et morreras tu maa morte"; 140.9 "et se o fezerẽ seerã presos [...] et aa çima seerã mortos de maa morte"; 182.7 "Et sabe que o teu ospede falso [...] mor[r]era maa morte"; 200.5 "ca sabe verdadeiramẽte que el he perdudo et çedo mor[r]era maa morte". / COUSA MAA , 55.9 "et nõ pode cõtra el dizer nĩhũa cousa maa". MAAS, 58.5 "dizẽ que apar[e]çẽ os demoes et fazẽ moytas cousas maas"; 86.10 "Et por lo juyzo de Deus, que sol viinr sobre los que fazẽ maas cousas"; 139.7 "porque nõ fezesen outros peccados et outras maas cousas por que perdesen as almas". / MAO CORAÇÕ , véase CORAÇÕ 2.
____ 2.- " malo, desagradable, molesto". MAO, 42.1 "Et tã mao era o cheiro dos que morriã"; 42.7 "que toda a terra era chea do mao odor deles"; 149.13 "et soen dizer algũus rromeus [...] que aquela pedra deita de si mao odor".
________ 3.- MAO DE , " difícil, costoso de". MAOS, 132.11 "Et se algũus juyzos de Deus ou dos homes forẽ maos de entẽder en algũa gisa..."; 135.10 "Mays os grãdes feictos que el fazia seeriã maos de contar a quantos se pagariã de oyr...". MAAS, 81.4 "maldiso estas trres çidades porque lle forõ maas de tomar".
________ 4.- ANGEO MAO , " ángel malo, demonio". 222.10,11 "Et sabede que aquela ora que a mĩa alma ouver a sayr do corpo [...], veen dous angeos, hũu boo et outro mao; et [se] o angeo boo acha en elas boas obras leuaa ao lugar dos santos; et se o angeo mao acha en ela maas obras pagase ende moyto et leuaa cõsigo aas penas".

Nunes2
mao-pecado
IX, 10, LXII, 16, infelizmente. (Cantigas d' amor).

F. R. Tato Plaza (1999): Libro de notas de Álvaro Pérez, notario da terra de Rianxo e Postmarcos (1457). Santiago de Compostela: Consello da Cultura Galega [Glosario, pp. 237-711].
mao
malo
adx. adx. "Malo, que fai ou comporta mal".
____ mao (2): "mao te será a ty de negar / que o nõ feseste, ou sabes que(e)n lo feso" 2085, "a bõa fe, sen mao engano, verdadeyramẽte" 2179; malo (1): "prometo a boa fee sẽ malo engano" 1295.
________ Do lat. mălus, măla, mălum. Na Idade Media usáronse as formas mao, maa, desde as CSM; tamén se rexistran formas como maao con reduplicación antietimolóxica do a. En gal. mod. restituíronse as formas latinas malo, mala, que se documentan desde o XIV (Lorenzo Crónica s.v. mao). Outros exemplos de mao desde 1289 en Montederramo (Martínez Montederramo s.v.).
mão

mao
mano
f. f. 1. "Man, extremidade do brazo do home, desde o pulso".
____ mão (8): "Fiãça que dou Johán Sequo aa mão" 55, 462, 663, 2480, "tornou de súa mão ao dito Johán de Njne e súa moller ao dito paaço e vjnas" 2512, 2514, 2687, 2976; mao (1): "o qual todo tomou en súa / mao o juís e abrió las ditas escripturas" 1734; maos (3): "teẽdolle feyto pleito / e omenaje por ela e porla de Lantáñoo en súas maos estando ẽna vila / de Aréualo" 1833, "tomou porlas maos aos ditos Johán de Njne e súa moller" 2478.
________ 1.1. En mão de, de mão de "baixo a responsabilidade ou o coidado da persoa de que se trata".
________ en mão de (1): "cõpoer e cõprometer en mão de amjgos" 982; en mãos de (2): "cõprometerõ en mãos e poder de omes bõos" 479, 777; en maos de (1): "forõ avenjdos de o conprometer en amjgos árbitros arbitradores, o dito Rroý / Mouriño en mãos de Afonso Rrodriges de San Tomé, e o dito Johán Peres en maos de Johán Dominges" 778, "jurou en maos do dito abade" 2843; en manos de (3): "sõ avenjdos de conprometer e cõprometẽ / en manos e poder de Diego de Villariño" 353, 676, 677, "feso pleito e omenaje en manos / de Ferrnando de Catoyra" 823; de mão de (1): "tomou enfiado a Ferrnand Gomes de Castẽda, morador ẽ / Castẽda, de mão e poder de Fernando de Catoyra" 871.
________ 1.2. De mão común "conxuntamente, de maneira conxunta".
________ de mã comũ (7): "amos e dous de mã comũ" 1190, 1622, "de mã comũ, amos e dous" 1634, 2059, "Obligárõse de mã comũ cõ todos seus bẽes" 2070, 2186, 2412.
________ Do lat. mănus. Documéntase desde o séc. XIII: mãos nas CSM, maãos do XIII ó XV, maao en 1260, en textos galegos. En port., a forma mod. é mão (Lorenzo Crónica s.v. mão). Outros exemplos do XIII en Montederramo (Martínez Montederramo s.v.). A forma manos é un castelanismo. Para a distribución das formas modernas man, mao, vid. yrmão.




Seminario de Lingüística Informática - Grupo TALG / Instituto da Lingua Galega, 2006-2022
O Dicionario de dicionarios do galego medieval é obra de Ernesto González Seoane (coord.), María Álvarez de la Granja e Ana Isabel Boullón Agrelo
Procesamento informático e versión para web: Xavier Gómez Guinovart

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